segunda-feira, 23 de junho de 2014

CONAEP - Uma grande Oportunida!

Pessoal! entre os dias 14 e 20 de Julho acontecerá o 1° Congresso Nacional Online sobre Emagrecimento Paleo.

Neste evento 20 especialistas da área da saúde vão falar sobre como uma abordagem evolutiva/paleo pode ser benéfica para o emagrecimento e uma série de fatores ligados à saúde.

Teremos médicos, nutricionistas e professores de educação física falando sobre esse tema.

Serão transmitidas 3 palestras por dia. para você poder assistir basta clicar no banner do congresso e fazer sua inscrição.



Minha palestra será no dia 19/07 as 10 horas e tratará do seguinte tema:

Como Nosso Ancestral do Paleolítico Fornece Informações Vitais Para o Desenvolvimento de Um Programa de Treinamento e Como a Ciência Justifica Essa Abordagem?

Para assistir minha palestra clique no link http://www.conaep.com.br/carlinhos/ e faça sua inscrição é gratuito.

Grande abraço
Carlinhos
treinamentocarlinhos@gmail.com

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Como escolher o que comer?

Inúmeras vezes as pessoas me perguntam como saber se um alimento é bom ou ruim. Claro que essa pergunta pode ter uma resposta extremamente complexa, porém vou dar uma dica simples de como saber se um tipo de alimento é bom ou ruim considerando uma abordagem evolutiva.

Sempre faça três perguntas!

Encontro esse alimento na natureza?
Consigo encontrar esse alimento sem que ele tenha como origem uma fábrica?
Conheço os ingredientes que compõem esse alimento?

Quando as três respostas forem SIM com certeza esse alimento é BOM considerando uma abordagem evolutiva.

Quando as três respostas forem NÃO com certeza esse alimento é RUIM considerando uma abordagem evolutiva.

Se tiver uma ou duas respostas NÃO abra o olho. Esse alimento PODE NÃO SER BOM considerando uma abordagem evolutiva

Exemplos:



Encontro esse alimento na natureza? 
SIM, no gado.

Consigo encontrar esse alimento sem que ele tenha como origem uma fábrica? 
SIM. Posso comprar de um frigorifico ou abater um animal.

Conheço os ingredientes que compõem esse alimento?
SIM, é carne (proteína e gordura).



Encontro esse alimento na natureza? 
NÃO!

Consigo encontrar esse alimento sem que ele tenha como origem uma fábrica? 
NÃO!

Conheço os ingredientes que compõem esse alimento?
NÃO, talvez alguns?!

Assim fica mais fácil de comer comida de verdade!

Carlinhos
treinamentocarlinhos@gmail.com

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Congresso sobre Emagrecimeto

Amigos!

Entre os dias 14 e 20 de julho vai ocorrer o 1° Congresso Online Nacional de Emagrecimento Paleo.



Ele será gratuito e basta fazer a inscrição no link www.conaep.com.br

Serão transmitidas de 2 a 3 palestras por dia.

Estarão presentes uma série de profissionais da saúde de diferentes áreas e todos com seus trabalhos fundamentados em uma abordagem evolutiva.

No dia 19 de julho as 10 horas será transmitida a minha palestra com e seguinte tema: 

Como Nosso Ancestral do Paleolítico Fornece Informações Vitais Para o Desenvolvimento de Um Programa de Treinamento e Como a Ciência Justifica Essa a Abordagem? 

Convido todos para que participem!

Abraços

Carlinhos
treinamentocarlinhos@gmail.com



segunda-feira, 9 de junho de 2014

Exercício e Saúde do Cérebro

Na semana passada terminei de ler o livro Dieta da Mente do neurologista americano David Perlmutter, um livro muito interessante que fala sobre as questões alimentares e as doenças degenerativas do sistema nervoso central. Neste livro a principal informação é sobre os riscos de uma dieta rica em carboidratos e trigo [glúten] para o surgimento de doenças como Mal de Parkinson, Alzheimer, Depressão e Autismo. 

No capítulo 8 o Dr. Perlmutter fala sobre a influência do exercício sobre nossa saúde cognitiva e cita dois importantes trabalhos.

Total daily physical activity and the risk of AD and cognitive decline in older adults que foi publicado em 2012 teve como objetivo avaliar a relação da quantidade de atividade física diária com a incidência da doença de Alzheimer. Foram estudadas 716 pessoas com cerca de 80 anos e cerca de 60% eram mulheres, estas pessoas no inicio do estudo foram diagnosticadas como não sendo portadores de nenhum tipo de demência. No inicio do estudo foram realizados 19 testes cognitivos e o grau de atividade física foi mensurado por 10 dias consecutivos.

Após 4 anos essas pessoas foram avaliadas novamente e 71 pessoas desenvolveram Alzheimer, estas pessoas estavam entre os 10% menos ativos fisicamente. Os autores concluíram que quanto maior o grau de atividade física menores as chances de desenvolvimento dessa doença e que as pessoas sedentárias aumentam seu risco de desenvolver Alzheimer em 2,7 vezes quando comparadas com as pessoas fisicamente ativas.

The Association Between Midlife Cardiorespiratory Fitness Levels and Later-Life Dementia: A Cohort Study publicado em 2013, onde os autores avaliaram o grau de condicionamento cardiorrespiratório sobre o risco de demência por diferentes causas. Foram avaliadas quase 19500 pessoas com 65 anos ou mais. O inicio das avaliações da capacidade cardiorrespiratória ocorreu em 1970 e essas pessoas foram observadas por um período de 19 a 30 anos.

Após o período observado ocorreram 1659 casos de demência, considerando todas as causas e as pessoas com os maiores níveis de capacidade cardiorrespiratória foram o grupo com a menor incidência de casos de demência. A conclusão do trabalho fala que níveis elevados de capacidade cardiorrespiratória estão associados com menor risco de desenvolvimento de demência por todas as causas e que uma capacidade cardiorrespiratória elevada na meia-idade esta associada com uma menor incidência de de demência na terceira idade.



Estes dois trabalhos nos mostram informações importantes que ligam o grau de atividade física e a capacidade cardiorrespiratória com uma menor incidência de demência por diversas causas, como a Mal de Alzheimer.

Quando falamos de um maior grau de atividade física, estamos nos referindo ao fato de que as pessoas devem ser mais ativas de forma geral. Isso significa usarem menos o carro, sair para passear, fazerem as tarefas domésticas, trocar o elevador pelas escadas e praticarem esportes de forma recreativa, independente do esporte que for. Assim basta ser menos sedentário para ter esses benefícios.

A capacidade cardiorrespiratória se refere a capacidade do nosso organismo de captar, transportar e utilizar oxigênio, também conhecida por capacidade aeróbica. Essa variável é normalmente desenvolvida com a pratica de exercícios aeróbicos como natação, corrida e caminhada.

Uma informação que acredito ser muito importante foi divulgada cerca de 5 anos antes da publicação dos dados dos dois estudos citados anteriormente. Em 2007 pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo publicaram um trabalho com seguinte título: 

The impact of resistance exercise on the cognitive function of the elderly

Esse trabalho teve como objetivo medir o impacto de 24 semanas de exercícios de força em duas diferentes intensidades [esforço] sobre a função cognitiva de pessoas idosas.

62 idosos foram divididos em 3 grupos, grupo controle [ GC, 23 pessoas], grupo de treinamento de força moderado [TFM, 19 pessoas] e grupo de treinamento de força intenso [TFI, 20 pessoas]. A capacidade cognitiva e outras variáveis físicas foram mensuradas antes e após as 24 semanas de treinamento.

Os resultados mostraram:

  • O TFI e o TFM tiveram ganhos de força. 
  • O GC não teve alteração na força.
  • O TFI teve um ganho de massa corporal magra maior do que o TFM.
  • O TFM obteve escores mais elevados nos testes de avaliação cognitiva do o GC.
  • O TFI obteve  escores mais elevados nos testes de avaliação cognitiva do que o TFM e GC.

O conclusão dos autores diz que tanto o treinamento de força moderado quanto intenso é igualmente benéfico para a função cognitiva.

Os trabalhos publicados em 2012 e 2013 são trabalhos importantes, porém são estudos observacionais e esse tipo de estudo gera informações científicas que nos permitem criar hipóteses que precisam de avaliação posterior. Isso não quer dizer que devemos negligenciar os efeitos benéficos de evitar o sedentarismo e de melhorar a capacidade aeróbica sobre a saúde cerebral. Porém o trabalho publicado em 2007 é um tipo de estudo que se chama experimental e fornece informações científicas mais relevantes do que os trabalhos observacionais, assim podemos dizer que ser mais ativo no seu dia-a-dia e melhorar sua capacidade aeróbica pode reduzir o risco do surgimento de demência em idades avançados e que se além disso você praticar exercícios de força regulares terá melhoras na sua função cognitiva em períodos cerca de 6 meses.



Por fim, além de ser mais ativo participe de um programa regular de treinamento que melhore sua capacidade aeróbica e sua força. Seu cérebro agradece.

Carlinhos
treinamentocarlinhos@gmail.com

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Óleo de Côco - Engano dos Especialistas

Olá pessoal!

No site da UOL encontrei a afirmação da médica endocrinologista e presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia [SBEM] [para ver a matéria clique aqui] sobre óleo de coco, ela disse:
“Não existe comprovação científica de que o óleo de coco emagreça ou traga esses benefícios prometidos. Muito pelo contrário, ele nada mais é do que gordura saturada, que aumenta muito os níveis de colesterol ruim no organismo, provoca aumento do nível de triglicerídeos, sobrepeso e pode trazer problemas cardiovasculares e sobrecarga hepática a quem ingerir em altas quantidades, explica a especialista."


Sempre que tenho tempo, quando as crianças deixam, procuro por artigos científicos sobre os temas relacionados ao meu trabalho, na semana passada encontrei um trabalho sobre o óleo de coco. Resolvi então mostrá-lo para vocês.

Effects of Dietary Coconut Oil on the Biochemical and Anthropometric Profiles of Women Presenting Abdominal Obesity [ref]


Esse trabalho foi realizado em desenho chamado de Experimental Randomizado, que é um tipo de trabalho capaz de gerar informações de grande validade científica.

Participaram 40 mulheres entre 20 e 40 anos, elas foram divididas em em dois grupos. Um grupo ingeriu 30 ml de óleo de soja por dia [GOS] durante 12 semanas e outro grupo ingeriu a mesma quantidade de óleo de coco pelo mesmo período de tempo [GOC].

Todas as participantes do estudo apresentavam, no início da experiência, uma circunferência da cintura maior do que 88 cm. Essa medida pode ser usada como um indicador de riscos relacionados com a saúde [ref]. A medida de 88 cm para as mulheres é enquadrada na classificação de risco elevado [ref].

Foi orientado que os dois grupo fizessem 50 minutos de caminhada por dia e ingerissem uma dieta hipocalórica.

As variáveis mensuradas foram:

  • Circunferência da cintura [CC]
  • Colesterol Total [CT]
  • Colesterol HDL [HDL]
  • Relação Colesterol LDL:HDL [LDL:HDL]
  • Índice de Massa Corporal [IMC]

Os resultados foram os seguintes:

  • GOC  e GOS tiveram redução do IMC
  • Somente o GOC teve redução da CC
  • GOS apresentou aumento no CT, LDL e na LDL:HDL
  • GOS apresentou redução do HDL
  • GOC não apresentou alteração no CT. LDL:HDL ou HDL

Os autores concluíram que a suplementação com óleo de coco não gera alterações danosas no colesterol e promove diminuição da gordura visceral.

Dessa forma a afirmação da Dra. Rosana Radominski de que o óleo de coco causa sobrepeso e aumento dos riscos cardiovasculares não é sustentada pela ciência. Pelo menos, não pelos resultados desse trabalho.

Existem outros estudos mostrando aspectos positivos do uso do óleo de coco, abaixo mostro dois.


A Diet Rich in Coconut Oil Reduces Diurnal Postprandial Variations in Circulating Tissue Plasminogen Activator Antigen and Fasting Lipoprotein (a) Compared with a Diet Rich in Unsaturated Fat in Women [ref]

Este demonstrou a possibilidade de redução do risco de arteriosclerose com o uso do óleo de coco.

Weight-loss diet that includes consumption of medium-chain triacylglycerol oil leads to a greater rate of weight and fat mass loss than does olive oil. [ref]
Este mostrou a influência positivado óleo de coco na perda de peso.

Assim podemos dizer que o óleo do coco pode ser usado como uma ferramenta positiva para a melhoria dos riscos à saúde e diminuição da gordura corporal.

Carlinhos
treinamentocarlinhos@gmail.com