Em breve você poderá assistir a terceira partes do filme a "Culpa é das Estrelas?!".
Nesta continuação houveram algumas alterações, tanto na direção quanto no elenco.
O diretor Josh Boone foi substituído pelo "Abordagem Evolutiva", que já dirigiu outros sucessos das telona.
A atriz Shaillene Woodley deu lugar a filha do novo diretor, que se chama "Dieta Evolutiva Lowcarb Paleo" e no ator Ansel Elgord vocês poderam ver o grande desempenho de "Ciência Baseada em Evidência".
Nessa nova versão o tema principal é a reversão da perda de memória causada pelo Mal de Alzheimer e por outras doenças que geram perda da capacidade cognitiva. Essa reversão é causada por uma série de alterações no estilo de vida e na alimentação, o ponto principal das alterações na alimentação é a eliminação dos carboidratos, trigo e comida processada.
Tá legal! Fora a brincadeira, o negócio é sério.
O Mal de Alzheimer é considerada um doença sem cura e o tratamento é paliativo, como podemos concluir depois de ler as informações encontradas no site da Associação Brasileira de Alzheimer.
Até o momento, não existe cura para a Doença de Alzheimer. Os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença. As pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que causam a doença e no desenvolvimento das drogas para o tratamento. Os objetivos dos tratamentos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais tempo. Os tratamentos indicados podem ser divididos em farmacológico e não farmacológico.
Mas parece que o inicio para a mudança de quadro começa e tomar corpo no meio da ciência. A cerca de um ano o site UOL publicou seguinte reportagem:
Manchetes que anunciam "cura do Alzheimer" ou "grande descoberta em Alzheimer" são comuns e, nesta semana, mais uma se juntou a elas.
Pesquisadores britânicos descobriram a primeira substância química capaz de evitar a morte do tecido cerebral em uma doença que causa degeneração dos neurônios.
Ainda são necessárias mais pesquisaspara desenvolver uma droga que possa ser usada por doentes. Mas os cientistas dizem que um medicamento feito a partir da substância poderia tratar doenças como alzheimer, Mal de Parkinson, Doença de Huntington, entre outras.
O jornal britânico The Times anunciou "Cura para o Alzheimer 'está ao alcance'" na primeira página. O The Independent saiu com "Cientistas comemoram descoberta histórica na guerra contra o Alzheimer".
Apesar de não se tratarem de manchetes novas, uma grande diferença desta vez é que cientistas cautelosos estão sugerindo que a última descoberta pode ser realmente histórica.
Quase todas as notícias publicadas sobre o assunto têm uma frase do professor Roger Morris, do King's College de Londres.
"Suspeito que esta descoberta será julgada pela história como um momento decisivo na busca de medicamentos para controlar e evitar o alzheimer", disse o cientista.
Momento importante
A fonte primordial de tanta animação é que a substância química descoberta suspendeu a morte de células do cérebro em um cérebro vivo, que, de outra forma, teria morrido devido a uma doença neurodegenerativa.
Quando entrevistei o professor Morris na noite de quarta-feira, ele usou a palavra "marco" várias vezes.
No estudo do Conselho de Pesquisa Médica na Universidade de Leicester, foram usados camundongos com uma doença semelhante à forma humana da doença da vaca louca. Dentro de oito semanas, os cérebros dos camundongos se deterioraram tanto que a memória e os movimentos estavam afetados. Na 12ª semana, os camundongos estavam mortos.
Mas, quando outros camundongos infectados com a mesma doença receberam um "composto parecido com medicamento", eles sobreviveram às 12 semanas sem sinais de morte de tecido cerebral. A substância química também causou efeitos colaterais como perda de peso e diabetes.
Outra fonte de otimismo são as implicações desta descoberta.A substância química ajuda o cérebro a lidar com a produção de proteínas defeituosas. O alzheimer tem uma proteína deformada específica, assim como o Mal de Parkinson e a Doença de Huntington.
A resposta do cérebro a todas estas doenças é suspender a produção de proteínas, mas isto acaba matando as células do cérebro. A substância química descoberta ajuda as células do cérebro a ignorar estas proteínas deformadas, e a continuar funcionando, vivo.
Traços em comum
No passado, a pesquisa em doenças neurodegenerativas se concentrou no que era único àquelas doenças. Esta abordagem analisa o que todas têm em comum. E, se a descoberta realmente funcionar, então levanta a possibilidade de um único medicamento para curar ou evitar quase todas as formas de neurodegeneração.
"Se [a substância] paralisa a degeneração do cérebro, vai parar a doença em pessoas que já têm. E se podemos detectar a doença cedo, vai evitar muita degeneração", afirmou Giovanna Mallucci, que liderou a pesquisa.
"A esperança é deter a morte de células do cérebro e isto é o que é tão animador", acrescentou.
Vale destacar que as descobertas precisas do estudo, uma substância química tóxica que os pesquisadores sequer chamam de medicamento, paralisa a morte de células do cérebro em camundongos.
Claramente, isto não é uma cura, mas abre caminho para uma. Dá às companhias farmacêuticas e cientistas algo para trabalhar.
Este processo levará tempo, provavelmente mais de uma década, sem garantias de sucesso no final.
Exemplos
Na história recente da pesquisa médica há muitos exemplos de medicamentos que pareciam promissores em camundongos, mas acabaram decepcionando quando testados em humanos.
Esta substância química funciona em um cérebro de camundongo, que tem 75 milhões de neurônios. Um cérebro humano, mais complexo e com 85 bilhões de neurônios, é muito diferente.
Simon Ridley, chefe do setor de pesquisa da organização de caridade britânica especializada em alzheimer, Alzheimer's Research UK, disse à BBC que os pacientes terão que esperar muito.
"Temo que [a espera] será mais longa do que qualquer um de nós gostaria. Acredito que há muitas pessoas que estão desesperadas por qualquer notícia sobre novos tratamentos, que eles gostariam de fazer hoje", afirmou.
"Acho que neste estágio poderíamos esperar uma década antes de sabermos se será eficaz", acrescentou.
Essa reportagem mostra o entusiasmo da comunidade científica com a descoberta de uma substância que pode reverter a morte dos neurônios em ratos, mas que precisará passar por teste com humanos e quem sabe seja necessário uma década para que isso se confirme. A reportagem também ressalta que em outros momentos da ciência outros medicamentos que eram promissores nos trabalhos com animais não tiveram sua eficácia confirmada quando testados em humanos.Se a comunidade científica mostrou todo esse entusiasmo com essa notícia o que será que farão quando lerem a que reproduzo abaixo, que tem o como título a seguinte frase:
Alzheimer: Perda de memória revertida pela 1.ª vez
Pela primeira vez, um investigador conseguiu reverter a perda de memória em pacientes com doença de Alzheimer através de um programa personalizado e complexo de tratamento testado num pequeno ensaio clínico e que melhorou, subjetiva ou objetivamente, o estado de saúde dos voluntários.
O ensaio clínico foi coordenado por Dale Bredesen, investigador da Universidade da Califórnia - Los Angeles, nos EUA, e é o primeiro a sugerir que a perda de memória pode ser revertida (e que é possível manter as melhorias) através de um programa terapêutico com 36 diretrizes.
O programa em causa, desenvolvido por Bredensen, e cuja eficiência foi dada a conhecer num estudo publicado na revista científica Aging, envolve alterações na dieta, estimulação cerebral, exercício físico, incremento da qualidade do sono, administração de fármacos e vitaminas específicas e diversos outros passos que afetam as propriedades químicas do cérebro.
"Os fármacos existentes, atualmente, contra o Alzheimer, dirigem-se um único alvo, mas a doença é mais complexa do que isso. É como ter um telhado com 36 buracos e um medicamento que tapa apenas um deles, embora muito bem", explica Bredensen em comunicado divulgado pela universidade norte-americana.
"O medicamento pode funcionar, e um dos buracos pode deixar de existir, mais ainda há outros 35 e o processo que os causa não é verdadeiramente combatido", acrescenta o investigador, cuja abordagem pretende, portanto, ser personalizada e baseada numa ampla série de testes para compreender o que degrada a plasticidade cerebral em cada caso.
O cientista submeteu 10 pessoas a um conjunto de mudanças ao nível do estilo de vida, desde a eliminação total dos hidratos de carbono, do glúten e dos alimentos processados da dieta, passando pela prática de meditação duas vezes por dia, pela ingestão de vitaminas e óleos de peixe, entre outras alterações.
Seis dos pacientes envolvidos tinham sido obrigados a deixar de trabalhar ou estavam a ter dificuldades em cumprir com as funções e, em sequência do ensaio clínico, conseguiram regressar aos antigos empregos ou continuar a trabalhar com melhorias ao nível da performance, melhorias que se mantiveram ao longo do tempo.
Segundo Bredensen, todos beneficiaram de melhorias à excepção de uma pessoa com Alzheimer em estado avançado, situação que já não pôde ser contrariada mesmo com o seguimento das diretrizes estabelecidas.
Tratamento tem efeitos secundários positivos
Tratamento tem efeitos secundários positivos
O investigador destaca que a complexidade do programa é a maior dificuldade do tratamento, já que o mesmo coloca um grande peso sobre os ombros dos pacientes e dos cuidadores: nenhum dos pacientes foi capaz de seguir totalmente à risca o protocolo, sendo a principal queixa a necessidade de alterar a dieta e de tomar uma grande quantidade de vitaminas por dia.
Ainda assim, Bredensen acredita que se trata de uma terapia vantajosa, especialmente porque os efeitos secundários que se fazem sentir são positivos. "Os principais efeitos secundários deste sistema terapêutico são uma melhor saúde e um melhor índice de massa corporal, uma grande diferença em relação aos efeitos de muitos fármacos", salienta.
Os resultados indicam que a perda de memória pode ser revertida, mas o coordenador do ensaio clínico alerta que será preciso replicar estas conclusões para apurar a verdadeira eficiência do programa.
"É necessário um ensaio clínico mais amplo, não apenas para confirmar ou anular os resultados aqui obtidos, mas para analisar questões como o grau de melhoria que é possível obter diariamente, até que fase da doença é possível reverter a perda de memória", entre outros aspectos, conclui.
Essa reportagem fala de um trabalho publicado em setembro de 2014 que tem como título: Reversal of cognitive decline: A novel therapeutic program. Os efeitos benéficos dessas alterações na alimentação e estilo de vida se mostraram eficazes a longo prazo e podem ser consideradas com uma plataforma de tratamento que possibilitaria que medicações e outras terapias isoladas tivessem sucesso.
Acredito que essas informações demonstrem que uma alteração na alimentação [Dieta Evolutiva] que engloba:
- Eliminar os grãos
- Reduzir a ingestão de carboidratos
- Eliminar a comida processada
- Aumentar a ingestão de gordura natural dos alimentos
Sei também, como diz o autor, que é bastante difícil modificar a alimentação. Mas pensem no seguinte, pode ser a alimentação a causadora dessa e de outras doenças modernas, será que não vale a pena o esforço de mudar ao invés de culpar as estrelas?
Carlinhos
treinamentocarlinhos@gmail.com
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