terça-feira, 20 de maio de 2014

Exercício e Câncer de Mama



O Câncer de Mama é o segundo tipo de câncer com maior incidência no mundo.




No Brasil a incidência é de 64,5 casos para cada 1000 mulheres [64,5/1000] na região Sudeste, 64,3/1000 na região Sul, 37,7/1000 na região centro-oeste, 30,1/1000 na região nordeste e 16,6/1000 na região norte.

Na grande maioria dos casos o tratamento envolve quimioterapia, onde além de uma série de efeitos colaterais, também temos um aumento da fadiga.

O trabalho [abaixo] mostrou uma alteração positiva do exercício considerando a fadiga relacionada com a quimioterapia e a capacidade funcional mensurada através de um teste de 12 minutos de caminhada.


Exercise reduces daily fatigue in women with breast cancer receiving chemotherapy


O estudo teve o objetivo examinar a relação entre o exercício e a fadiga ao longo dos três primeiros ciclos de quimioterapia para câncer de mama.

Foram analisadas 72 mulheres recém-diagnosticados com câncer de mama, estas foram instruídas a praticar exercício de caminhada com intensidade moderada. As medidas de capacidade funcional e fadiga foram realizadas no início e no final do estudo

Essas mulheres foram divididas em 2 grupos, o grupo que praticou exercícios [GrEx] e o grupo controle [GrCr] que não fez exercícios.

As sessões de caminhada variam entre 15-30 minutos por sessão e 3-4 sessões por semana. Foi recomendado que máxima utilizada durante as sessões de exercícios não 
agrava-se os sintomas como dor ou fadiga.

A capacidade funcional do GrEx, que foi medida através de um teste de caminhada de 12 minutos, aumentou em 15%. O GrCr teve o resultado desse teste reduzido ao final do estudo.

A tabela 1 mostra os níveis de fadiga e compara os níveis de fadiga nos dias em que o exercícios era realizado e nos dias sem exercício. Os dados demonstram uma redução nos diferentes tipo de fadiga. 


O tempo de exercício realizado foi positivamente relacionado com uma diminuição dos níveis de fadiga, quanto mais tempo de exercício era realizado menor era a sensação de fadiga. A única exceção foi a fadiga atual [fatigue now] que aumentava quando as sessões eram maiores do que 60 minutos.


Ao final do estudo os autores concluíram que o impacto do exercício sobre a redução da fadiga foi significativa e sugere a eficácia de um programa regular de exercícios de baixa a moderada intensidade na manutenção da capacidade funcional e reduzindo a fadiga em mulheres com câncer de mama e submetidas a quimioterapia.

Assim, temos mais um ponto positivo para o exercício!

Carlinhos
treinamentocarlinhos@gmail.com

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